quinta-feira, 14 de abril de 2011

CADA UM FALA NA SUA LÍNGUA, UAI

Certa vez um homem da cidade enquanto viajava pelo interior das Minas Gerais, resolveu evangelizar um matuto que estava sentado à praça de sua cidade. Sem titubeios ele começou a falar dos atributos de Deus, do amor de Jesus, além do cuidado do Senhor para com os seus. Entretanto, por maior que fosse o esforço do homem da cidade em se fazer entender, o caboclo nada entendia.Percebendo que não conseguia penetrar no coração do homem da roça, o evangelista resolveu recitar o salmo 23 em “mineirês”.

O sinhô é meu pastô e nada há de me fartá
Ele me faiz caminhá pelos verde capinzá
Ele tamém me leva pros corgos de água carma
Inda que eu tenha qui andá
nos buraco assombrado
lá pelas encruzinhada do capeta
não careço tê medo di nada
a-modo-de-quê Ele é mais forte que o “coisa-ruim”
Ele sempre nos aprepara uma boa bóia
na frente di tudo quanto é maracutaia
E é assim que um dia
quando a gente tivé mais-pra-lá-do-qui-pra-cá
nóis vai morá no rancho do sinhô
pra inté nunca mais se acabá...
AMÉIM!

Assim que terminou de receitar o salmo 23 em “idioma mineiro”, o caipira abriu um largo sorriso, demonstrando que havia entendido a mensagem.

Pois é, como dizia o filósofo Chacrinha quem não se comunica se trumbica, e vamos combinar uma coisa? A comunicação é a chave do negócio. Isto posto, afirmo sem sombra de dúvidas do que mais do que nunca precisamos aprender de forma inteligente a como penetrar no coração das pessoas anunciando-lhes a mensagem da salvação eterna, até porque, caso contrário nos frustaremos em nossa missão.

Pense nisso!

Renato Vargens

O QUE VALE O DINHEIRO

por Renato Vargens

“Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...”
Frejat...

Ouvindo essa canção composta por Frejat, lembrei-me do episódio em que o Senhor Jesus entrou no templo de Jerusalém jogando no chão o dinheiro que estava em cima das mesas dos cambistas. Imagino o rosto irado de Jesus ao chegar naquele lugar e encontrar vendedores e mercenários fazendo “negócios” com os fiéis. Vejo Jesus derrubando bancas, chutando, literalmente, o “pau da barraca”, expulsando de lá os vendilhões do templo que faziam do dinheiro sua razão de viver.

Aliás, o que o dinheiro significa para você? Qual o grau de importância ele tem para sua vida? Pois é, por amor ao dinheiro, negociam-se valores, vende-se a moral e se abandona a família. Jesus ao derrubar o dinheiro dos cambistas no chão estava em outras palavras dizendo que aquele deveria ser o local onde o dinheiro deveria estar. Entretanto, na maioria das pessoas o dinheiro encontra-se alojado na mente ou no coração.

Por acaso você já se deu conta que por causa do dinheiro pais e filhos, sogras e noras, esposos e esposas cometem aberrações?

Há pouco li uma história de um marinheiro que se demorou numa pequena pousada na aldeia da Normândia. Pagou o jantar e o alojamento de uma noite. O proprietário e sua esposa eram anciãos e de aparência pobre. O marinheiro convidou-os a jantar com ele e durante a refeição lhes perguntou algo sobre seus familiares, principalmente sobre o filho que desde muito jovem se tornou marinheiro. Os pais supunham que estava morto, pois durante muito tempo não ouviram nada dele. Na hora de dormir, a mulher conduziu o marinheiro até seu quarto. Este lhe disse boa noite e deslizou em sua mão uma moeda de ouro. Ela mostrou ao marido e ambos se deleitaram olhando-a. Sabiam que o marinheiro possuía mais ouro. Durante a noite o assassinaram em sua cama e tomaram todo seu dinheiro.

Muito cedo, na manhã seguinte, dois parentes dos proprietários vieram perguntando onde estava o marinheiro. Ambos responderam que havia ido embora. "Não é possível – disseram os parentes – porque era filho de vocês, o filho que voltou ao lar para passar a vida com vocês. Disse-nos que permaneceria com vocês uma noite, sem dizer-lhes que era seu filho, para ver quão bondosos vocês poderiam ser com estranhos". Tinham assassinado seu próprio filho, pelo abominável amor ao dinheiro!

Que coisa terrível não é verdade? A luz deste texto lhe pergunto: Qual o grau de importância do dinheiro em sua vida? Em que lugar ele se encontra? No seu coração, mente ou no chão?

Pense nisso!

JOGUEM OS PACOTES FORA

COMO SEGUIR EM FRENTE?

"... desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus... para que não vos fatigueis, desmaiando em vossas almas" (Hb 12:1b,2a,3b)

Para percorrermos um caminho, precisamos saber qual o seu destino final. E para continuarmos por este caminho, nosso objetivo deve ser alcançar aquilo que encontraremos ao fim da caminhada. Se não for assim, dificilmente teremos força e motivação para seguirmos em frente.

Durante uma longa caminhada, poderemos nos deparar com diversas situações. E muitas destas situações surgem para nos desviar do nosso objetivo. O que encontraremos pelo caminho?

1) Encontraremos obstáculos: em toda caminhada existem obstáculos.. Quando lemos Hb 12:1b, vemos que nossa caminhada deve ser feita com perseverança. Ao nos depararmos com os grandes desafios, é fundamental termos nossa confiança nAquele que vai à nossa frente e nos ajuda a superar qualquer desafio: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel" (Is 41:10). A presença de Deus em nossas vidas faz toda a diferença. Ele é Quem diz: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" (Sl 46:10).

2) Poderemos perder o foco: encontraremos várias coisas pelo caminho, que tentarão nos distrair e nos desviar do propósito principal. Precisamos estar atentos e com nosso alvo bem firmado. Hb 12:2a nos diz: "Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus". Os nossos olhos devem estar fixados em Cristo; caso contrário, qualquer distração nos fará parar e ficar pelo caminho. Rick Warren, em seu livro Uma Vida com Propósitos, fala o seguinte: "Você não pode cumprir os propósitos de Deus em sua vida enquanto estiver enfocando planos pessoais". É claro que devemos ter metas e objetivos definidos em nossas vidas, pois são importantes para o nosso crescimento e desenvolvimento. Mas não devemos colocá-los como prioridade, como alvo principal das nossas vidas. Pois desta forma, onde Deus ficará? Em 2º lugar?

3) Sentiremos cansaço e fraqueza: Mas nestes momentos, Deus é Quem nos sustenta. É dEle que vem a nossa força, e não do nosso próprio braço. A bíblia diz em Isaías 40:31: "Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam".

É certo que encontraremos obstáculos na nossa caminhada, é certo que surgirão pessoas e situações que desviarão a nossa atenção, e também é certo que nos cansaremos em vários momentos. Mas que tenhamos perseverança para prosseguir, buscando o direcionamento e orientação de Deus a cada dia. E que ao final do percurso, possamos dizer como o apóstolo Paulo: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" (2 Tm 4:7)

PACOTES DE CIUMES, INVEJA, IRA, LÍNGUA SOLTA, BEBEDEIRAS, DROGAS, TRAIÇÕES, HIPOCRISIA, MENTIRAS, são alguns dos pacotes que não nos deixarão combater um bom combate, pense nisto.......

Projeto Benção

HOMEM E MULHERES QUE ESTÃO FORA DA BIBLIA

Nada pode substituir a pregação e a sedimentação do evangelho na vida do cristão

Faz parte do trabalho da liderança cristã proteger o rebanho do Senhor, quando este está praticando ensinamentos que não são recomendados pela palavra de Deus. Alguns desses procedimentos serão abordados neste texto, com o objetivo de corrigir esses defeitos.

Nada pode substituir a pregação e a sedimentação do evangelho na vida do cristão. Os consagrados são chamados por Deus para liderarem a igreja, sendo que uma das suas tarefas básicas é a proclamação e a defesa do evangelho de Jesus Cristo contra as forças do mal (Fp 1:16). A palavra de Deus inspira os líderes cristãos a combaterem o bom combate, até o último dia de suas vidas ou até a segunda volta gloriosa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (II Tm 4:7-8). Isso quer dizer que tudo que desvia a atenção dos crentes da cruz e do senhorio de Cristo precisa ser combatido.

Muitos "chavões" ou "jargões" têm invadido as igrejas evangélicas no Brasil. Frases como: "Eu te abençôo", "Eu profetizo", "Toma posse da bênção", "Eu determino", "Eu declaro", entre outras, viraram formas arrogantes de os crentes exercitarem sua fé ou de se dirigirem a Deus, exigindo bênçãos imediatas. Preocupados com essa nova linguagem e com essa nova postura, faremos uma rápida análise do contexto evangélico atual, para que possamos entender o porquê dessas invencionices, praticadas durante as chamadas "ministrações", realizadas nos cultos.

1. Os Jargões e as Doutrinas Modernas

Muitos jargões surgiram como resultado de doutrinas heréticas, como a crença em "maldição hereditária", a "confissão positiva", a "incubação de bênçãos", a "teologia da prosperidade", entre outros ensinamentos antibíblicos. Essas falsas doutrinas são usadas pelo inimigo para enganar e tirar dos cristãos a exclusividade da fé em Cristo, que é suficiente para libertar, curar e proteger os servos de Deus de toda força do mal. O desejo do inimigo é, também, sustentar, na mente dos evangélicos, essas inovações doutrinárias, contaminando-os com doutrinas de demônios.

1.1 Os jargões evangélicos e a confissão positiva

A chamada "confissão positiva" coloca o peso das realizações espirituais "nas palavras pronunciadas e na atitude mental da pessoa", de quem está ministrando, desconsiderando a genuína fé em Deus (At 3:16; Hb 12:1-2). Essa atitude louca é apoiada na falsa crença que diz: "Há poder em suas palavras", como se as palavras humanas tivessem poder de criar, de intervir, de mudar situações. A ênfase é posta no homem, e, raramente, o ministrante cita o poder da Palavra ou o poder de Deus (Rm 1:16-17). Há dezenas de livros ensinando os crentes a agirem assim. A maioria dos fiéis não percebe que está caminhando para o abismo espiritual, lugar daqueles que se afastam das verdades bíblicas.

1.2 Os jargões evangélicos e a incubação de bênçãos

A conhecida "Incubação de bênçãos" é um desdobramento da crença na "confissão positiva". Consiste no seguinte: O crente incauto é ensinado a "gerar uma imagem mental", direcionada para o alvo que se pretende alcançar; por exemplo: se o crente deseja um carro, deve engravidá-lo mentalmente, para que Deus possa conceder-lhe a graça. É ridículo, mas, infelizmente, centenas de crentes deixam-se enganar. Essa atitude tem levado muitas pessoas ao comodismo, à inércia espiritual e a uma atitude preguiçosa, pois já não se esforçam para conseguir, com trabalho duro e honesto, aquilo de que precisam. Pelo contrário, ficam à espera do momento em que a bênção irá "cair do céu". Da crença na "incubação das bênçãos", surgiu a arrogante frase: "Toma posse da bênção". Isso simplesmente não existe na palavra de Deus.

1.3 Os jargões evangélicos e a mania de querer mandar em Deus

Chavões tais como: "Eu declaro", "Eu ordeno", "Eu profetizo", "Eu decreto", são pronunciados sem a menor reflexão ou sentido de responsabilidade. Os crentes e, infelizmente, muitos líderes, comportam-se como se fossem Deus; colocam o "EU" na frente e soltam palavras que não fazem parte das alianças divinas, das promessas divinas, dos oráculos divinos, dos estatutos divinos, da graça divina, da misericórdia divina, do amor divino. Falam da forma como Deus não mandou falar, declaram o que Deus não mandou declarar. "Eu declaro", "Eu ordeno", "Eu profetizo", "Eu decreto" são expressões despidas da espiritualidade ensinada na palavra de Deus; são frases que revelam a altivez do coração humano, são palavras que, por não terem respaldo bíblico, não mudam situação alguma.

Os cristãos precisam entender que não podem dar ordens a Deus! É Deus quem determina; é Deus quem decreta; é Deus quem declara; é Deus quem abençoa. É Deus; não sou eu. Ele é tudo; eu sou nada! Eu sou servo; Deus é Senhor! Ele é soberano; eu apenas obedeço à sua Palavra. A Deus, toda a glória! Assim, não é a minha vontade que deve prevalecer.

Jesus não só nos ensinou a orar: ... seja feita a tua vontade (Mt 6:9 e 10), como também pôs em prática o que ensinou: ... todavia, faça-se a tua vontade ... (Mt 26:42). Pronunciar uma frase por deliberação própria e dar a entender que está autorizado por Deus, sem, na verdade, estar, é enganar o rebanho do Senhor. Deus não opera onde há engano; não compactua com enganadores e não terá por inocente aquele que tomar seu nome em vão (Êx 20:7).

1.4 Os jargões evangélicos e o egocentrismo

O que nos chama à atenção nessas manias, nessas invencionices, é o seguinte: quanto mais elas se alastram, mais o nome de Deus desaparece e o "EU" entra em cena. É trágico: os cristãos vão se tornando embrutecidos, achando que podem assumir o lugar do Altíssimo Deus. E não é este o incansável desejo de satanás? Veja, leitor: Cada vez mais os cristãos expressam o desejo de assumir o lugar de Cristo: "Eu ordeno", "Eu profetizo", Eu te abençôo". É o "EU" como centro da fé; é o egocentrismo religioso em marcha; é o endeusamento do egoísmo; é a divinização do homem.

Os cristãos precisam entender que Jesus não permitiu que o seu "EU" aparecesse. Quando alguém o chamou de "bom Mestre", ele desviou de si a atenção e disse: ... bom só há um, que é Deus ... (Mt 19:17). É preciso ter muito cuidado com o egocentrismo religioso: o "EU" atrai para o homem a glória que a Deus pertence, sendo o resultado de tal atitude a morte eterna.

2. Reflexões Bíblicas Sobre Alguns Jargões

É necessário muita graça e sabedoria divina para discernirmos o ensino que é de Deus e o ensino que é do diabo. A ausência de estudos da palavra de Deus, ministrados de forma sistemática, tem dado oportunidade para a entrada de heresias, acompanhadas dos chavões religiosos, nas igrejas. Por isso, somos convidados a refletirmos sobre seguinte questão: A utilização dessas estranhas expressões tem o apoio da Bíblia? Avaliemos algumas delas:

2.1 "Eu te abençôo"

À luz da Bíblia, não é correto usar essa frase, visto que o poder que promove a benção não é do homem, mas de Deus. O homem é apenas um canal, um instrumento que está autorizado somente a ser bênção, não a abençoar. Os servos de Deus, em nome do Senhor Jesus, são bênção para as pessoas. A Bíblia diz: ... estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome ... (Mc 16:17). Todas as bênçãos divinas são derramadas através dos servos, em nome de Jesus.

Em lugar de "Eu te abençôo", o cristão deve dizer: "O Senhor te abençoe", conforme o ensino bíblico: Fala a Arão, e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel; dir-lhes-eis: O Senhor te abençoe e te guarde. (Nm 6:23 e 24). O nome do Senhor precisa ser invocado e não o "EU". O "EU" é carne; o "EU" é pecador; o "EU" é corrompido; o "EU" não é divino; é humano.

Vejamos o complemento da palavra de Deus: Assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei. (Nm 6:27). Vejamos também quem pode ordenar a bênção: ... porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre (Sl 133:3); ... então eu mandarei a minha bênção sobre vós ... (Lv 25:21); ... o Senhor mandará que a bênção esteja contigo ... (Dt 28:8); ... Eu o abençoarei (...) abençoarei os que o abençoarem ... (Gn 12:2-3). Será que Deus mudou? Não encontramos, nem no Antigo nem no Novo Testamentos, alguém fazendo uso do "EU te abençôo". Se esse ensino esquisito não vem da Bíblia, de onde vem?

2.2 "Eu profetizo"

O ministério profético cessou. Todos os profetas de Deus foram rejeitados e mortos (Mt 23:37). Segundo a palavra de Deus, o que existe hoje, na igreja do Senhor, é o "Dom da Profecia". Profecia, então, é um "Dom espiritual" (I Co 12:10), útil para que Deus fale de maneira sobrenatural às pessoas, assim como, pela "variedade de línguas", se fala sobrenaturalmente a Deus. O "Dom espiritual" é uma capacidade sobrenatural que atua nos filhos de Deus, quando Deus quer, e para o que ele achar proveitoso (I Co 12:11). Por isso, o uso da frase "Eu profetizo" é totalmente incorreto.

A Bíblia ensina que a profecia não depende do "EU" querer: ... porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirado pelo Espírito Santo. (II Pe 1:21). É bom observarmos que os homens santos de Deus também não usaram essa frase; ao contrário, quando profetizaram, disseram: Assim veio a mim a palavra do Senhor ... (Jr 1:4); Assim diz o Senhor ... (Jr 2:5; Is 56:1; 66:1); Ouví a palavra do Senhor ... (Jr 2:4); E veio a mim a palavra do Senhor (...) disse o Espírito Santo ... (At 13:2); ... Isto diz o Espírito Santo ... (At 21:11); Mas o Espírito expressamente diz ... (I Tm 4:1). Em todos os casos, não aparece o "EU", aparece a pessoa divina.

Pense bem: Como é que eu e você vamos profetizar bênçãos, sem que Deus tenha nos autorizado, em sua palavra, a Bíblia Sagrada? Como é que eu e você vamos profetizar, se, em nós mesmos, não há bênçãos para oferecermos, visto que a Palavra afirma que, em nossa natureza, não habita bem algum? Como é que eu e você vamos profetizar bênçãos em nosso nome, se a Bíblia afirma que toda boa dádiva, todo dom perfeito vem do alto, do Pai das luzes, em quem não há mudança e nem sombra de variação?

Essa arrogância do "Eu te abençôo" deriva da falsa crença na "confissão positiva", que leva as pessoas a crerem em que há poder nas suas próprias palavras. Daí acharem que podem profetizar bênçãos a qualquer momento e a qualquer pessoa. A Bíblia condena essa falsa crença, pois somente Deus tem poder para abençoar.

Além de tudo isso, é estranho o fato de que as pessoas que vivem dizendo: "Eu profetizo" só "profetizem" bênçãos e mais bênçãos, sendo que, nas profecias bíblicas, o Espírito Santo inspirava os profetas a anunciarem bênçãos, castigos, catástrofes, juízos aos desobedientes à palavra de Deus, repreensão, etc. Não é estranho, hoje, as pessoas "profetizarem" somente bênçãos? Se Deus não muda, de onde está vindo a inspiração para essa gente "profetizar"?

Outro fator a pensar é este: As pessoas que profetizam bênçãos não esclarecem que tipos de bênçãos. As profecias bíblicas sempre especificaram que tipo de bênção ou de juízo sobreviria ao povo. Mas, hoje, é só isto: "Eu te abençôo". É um procedimento totalmente fora da palavra de Deus.

2.3 "Tomar posse da bênção"

Não encontramos o uso dessa expressão no Antigo e nem no Novo Testamentos. É um jargão de uso freqüente nas igrejas cujas reuniões têm como tema e propósito principal pregar e receber a prosperidade material, que eles reduzem a bênçãos. Os seus líderes não se preocupam com nutrir o rebanho com as verdades da palavra de Deus, que conduzem à salvação em Cristo Jesus (II Tm 3:14 e 15).

Essa frase surgiu para fortalecer a doutrina da "incubação de bênçãos". Como já vimos, neste texto, primeiramente a pessoa tem a "visualização positiva" da bênção desejada, isto é, concebe, em sua mente, o que ela quer receber, e, em seguida, é motivada a "tomar posse bênção".

A "incubação de bênçãos", a "visualização positiva" e o uso do termo "tomar posse da bênção" são atitudes que substituem a fé operante e a atuação divina, levando as pessoas a crerem em que tudo depende da força da mente e das palavras de poder pronunciadas por elas.

Comparando isso com o procedimento de Jesus e dos apóstolos, afirmamos que é errado usar o termo "Toma posse da bênção" como meio de termos as bênçãos divinas concretizadas em nossa vida. Os discípulos de Jesus nunca cometeram esse tipo de equívoco, pois, em lugar de dizerem: "Toma posse da bênção", eles disseram: ... se tu podes crer; tudo é possível ao que crê (Mc 9:23); ... Tende fé em Deus ... (Mc 11:22), ... grande é a tua fé! ... (Mt 9:28) ... Seja-vos feito segundo a vossa fé (Mt 9:23); Em nome de Cristo, o nazareno, levanta-te e anda ... (At 3:6). Assim, em vez de as bênçãos serem direcionadas para o homem, a palavra de Deus ensina as pessoas a direcionarem suas esperanças para Deus, através da fé.

Conclusão

Doutrinas heréticas têm ocupado a mente e o tempo de muitos crentes. Elas não conduzem as pessoas a confiarem no sacrifício do Calvário, na cruz do Senhor, no sangue de Jesus, que nos purifica de todo o pecado, mas levam as pessoas a se envolverem com várias práticas estranhas à Palavra inspirada pelo Espírito Santo. Essas heresias são caracterizadas, na Bíblia, como o "outro evangelho" (Gl 1:8), chamado, pelo apóstolo Paulo, de anátema ou maldito.

Conhecendo a origem de algumas doutrinas, como, por que e para que surgiram, e somando isso aos esclarecimentos feitos à luz da palavra de Deus, você deve pedir a Deus graça e sabedoria, para ensinar à igreja o caminho da luz e para conduzir os filhos de Deus dentro dos propósitos do evangelho da graça divina, para que não se percam, mas tenham a vida eterna.

Colaboração: Emerson Oliveira / Pr. Norberto Marquard